quarta-feira, junho 01, 2005

O JOGO DE AGORA POUCO

Convalecido pela cirugia a que me submeti dias atrás, ando vendo muita televisão. Dentre outros entretenimentos, estou por dentro de tudo o que anda rolando na primeira e segundona do Brasileirão, no futsal e, especialmente, na Libertadores.

Assisti a quase todos os programas sobre a pelota que deram na tv a cabo essa semana e cheguei a constatação de que o Atlético-PR é o time mais odiado do futebol brasileiro. Pelo menos para a mídia paulista e carioca.

Quem me conhece sabe que eu não simpatizo muito com esse time e, principalmente, com sua torcida. No entanto, devo admitir que quase fiquei feliz com a vitória de virada do Furacão sobre o Peixe.

Primeiro porque o jogo que vi não era o mesmo que os locutores da Sportv estavam narrando. Em certo momento me deu náuseuas e quase vomitei com a louca vontade dos comentaristas de chupar o pau do Robinho. Foi nojento. A cada toque na bola, a cada closet das câmaras e a cada menção ao jogador, havia necessariamente um elogio exagerado, um comentário superlativo e uma referência ao tal do futebol moleque. Os caras estavam tão preocupados em exaltar o "novo Pelé" que nem se deram conta que ele simplesmente não jogou nada (salvo o belo passe para o gol do Deivid).

Outra coisa que me deixou bastante sacudo foi a forma com que esse jogo contra o Atlético era tratado. Para esses profissionais da locução, a peleja não passava de um pequeno contratempo ao time do Santos que com certeza já estava garantido para as semi-finais da competição.

Em certo momento um dos comentaristas cometeu um ato-falho ao confessar sua grande preocupação de que a convocação do Robinho e do Léo para a Copa das Confederações poderia atrapalhar o desempenho do time para as próximas fases do torneio sul-americano. Tá, mas onde fica o Atlético nisso tudo? Se o Santos não ganhar o próximo jogo não tem próxima fase, oras.

Há de se mencionar ainda a insistência desses indivíduos em dizer que o time do Robinho estava sobrando em campo. O resultado, por si só, já reflete a falta de noção desses caras.

Por todos esses motivos e pelo meu senso de justiça que de vez em quando dá as caras, até gostei dessa sobrevida para os rubronegros da Baixada. Sempre é bom ver a imprensa do eixo Rio-SP mordendo a língua.

Puta que o pariu, me dá muita raiva essa postura tendenciosa da imprensa esportiva. Mas depois passa.

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