sábado, novembro 26, 2005

GOL CONTRA

Eu que desejei, agora vejo que existe dor.

Dormir a acordar ao seu lado. Meu Deus, porque desisti disso tudo. Não era para ser assim. Agora estou em casa e quero estar contigo. Tudo fica claro depois que as coisas acontecem. Eu sei que o tempo não volta e é por isso que estou triste. Não faz diferença agora. A lágrima cai de verdade e não esperava por isso.

É o meu momento, mas vejo que isso não vale nada se não estou contigo. As verdades encobriram as mentiras ou vice-versa. Apenas fiz o que supus ter que ser feito. Outra lágrima caiu.

Sábado à noite sózinho. Não estou contigo. Não deveria ser assim. A situação fica clara e, que coisa, não sou tão esperto assim. Foda. Parece até que tem um fundo musical tocando nesse instante. É uma música daqueles filmes que tu adora.

Nunca fui assim, sentimental. Têm vezes que é foda.

Sentado nessa cadeira penso em coisas que me agradam e isso deveria ser bom. Mas eu sempre quero mais e mais. Você me disse: Algum dia eu acabaria perdendo. Perdi. Essa noite deveria ser tão boa, só que meu amor não está ao meu lado e isso parece uma grande mentira. As coisas costumavam ser tão legais e agi como imbecil. Fui levando e acabei perdendo.

Pego o telefone, ele toca, ela atende. Conto coisas que já não a interessam mais. Ando na Lua olhando para o Sol. Agora que estou aqui sentado, as coisas ficam tão claras na minha mente. Bebendo, dançando, viajando. Eu apenas não sei o que fiz e o que farei.

Uma hora eu acabaria perdendo.

segunda-feira, novembro 21, 2005

DIA DE BARRICHELO

Há dias em que tudo dá errado. Há outros que tudo dá errado e o que tu fala acontece ao contrário. Há, ainda, dias em que tudo dá errado, o que tu fala acontece ao contrário mas, MESMO ASSIM, tu te diverte pra caralho e fica com uma lembrança para o resto da vida.

Na sexta-feira ainda não tínhamos coletes salva-vidas e o transportador de bicicleta para a corrida do dia seguinte. Conseguimos na última hora.

No sábado, acordei achando que tava atrasado. Fui buscar o Pick e rumamos para Balsa Nova, ali na Serra do São Luis do Purunã. Chegando no lugar todos os competidores já estavam preparados.

Nesse momento tive certeza que realmente estávamos atrasados. Preparamos todo o equipamento e tivemos dificuldade em convencer os organizadores a nos fornecer um mapa pois já havia passado do horário da checagem.


Tia, dá um mapa aí...


Antes da largada instruo o Pick para que ele fique na minha cola. Eu havia reformado minha bicicleta, troquei o câmbio e os passadores, além de dar uma lubrificada nas correias. O ritmo ia ser forte.

- É Shimano, Pick. Não tem erro. Tudo peça de qualidade. Pode cair um raio em cima da bike que NÃO DÁ NADA!

Onze minutos depois, quando fui aumentar a marcha, a correia enrosca, os passadores travam e o câmbio inteiro quebra. Salta tudo pra fora. Fico sem bicicleta.

Nunca apareci na televisão. Do nada aparece uma Kombi com um cinegrafista e um repórter da Globo que ficam por eternos 5 minutos filmando nossa desolação. Eu e o Pick arrasados, sem ter o que fazer. 15 minutos de prova e a corrida havia acabado para nós. será?

Negativo.

O Rufião Pick botou uma pilha e fomos arrastando as bicicletas. Em alguns momentos amarramos uma corda de varal e um ia rebocando o outro. Já éramos os últimos, bem lá atrás. mesmo assim, DESISTIMOS DE DESISTIR e resolvemos ir até o fim. Não sou gremista mas...

- Até a pé nós iremos, para o que der e vier.


A FINADA era parecida com essa aí. Só que com um câmbio Shimano novo.


Depois de uns 10 km empurrando as magrelas, paramos na casa de umas tias e pedimos uma bicicleta emprestada. Aparece a heroína da história: POTENZA - La Destemida.

Uma bicicleta jurássica, vermelha, enferrujada, com vários remendos e sem freio. No seu quadro um adesivo brilhante escrito POTENZA. LINDA essa bicicleta. LINDA. Graças à ela, conseguimos terminar a primeira etapa de Montain Bike.


A POTENZA até que dá prum caldo.


Depois de mais uns 8 km de treking, fomos ter nossa primeira experiência remando num bote em forma de caiaque. A missão era percorrer o Rio Iguaçu e entrar no Rio dos Papagaios, num total de uns 8 km. Contra a correnteza.

O bote era muito estreito e minha bunda não se acomodou muito bem. Foram 3 horas de muito incomodo NADEGAL. Fora isso, apesar de remarmos corretamente, o botezinho insistia em dar meia volta e acompanhar o sentido do rio. Isso custou algumas caimbras e muita risada. Rir do próprio sofrimento é uma terapia. Achar GRAÇA da DESGRAÇA é a única forma de conviver com ela e não ficar maluco.

Depois de errar o caminho por algumas vezes. Chegamos ao final dessa fase. Há essa altura nossa equipe "DEMOOONIOS" já era famosa e toda a organização já estava sabendo da bicicleta quebrada, da POTENZA emprestada e da nossa rota errada no Rio dos Papagaios.

Chegou o momento mais CASCUDO do dia. Vou até abrir um parenteses.

Abre parenteses:

Sabe aquela história do Ovo de Colombo? Aquela em que, numa festa oferecida pelo Rei da Espanha ao Cristóvão por ele ter realizado a proeza de descobrir o caminho para as Américas, um outro marinheiro faz pouco caso do seu feito, argumentando que com todo o dinheiro e apoio que o descobridor teve, até ele conseguiria.

Colombo então propõe à ele um desafio: Se esse marinheiro conseguisse deixar um ovo em pé, ele renunciaria de toda a honra que o ofereciam. O cara tentou, tentou e não conseguiu. Foi então que o Colombo foi lá, quebrou uma das extremidades da casca e encaixou o ovo de forma que ele ficasse em pé.

O marinheiro, resignado, reclama: Desse jeito é eu também consigo.

Colombo replica: É, depois que já está feito fica fácil falar.

Fecha parenteses.

Eu fiz essa breve reflexão, porque agora é capaz de tu nos achar completos amadores em matéria de carregamento de bote.

O caso é que essa foi a pior parte da corrida em termos de sofrimento e esforço. Chegando ao final da travessia dos rios, descobrimos que tínhamos que levar o bote para um lugar distante uns 2500 metros, subindo um morro por uma trilha estreita e cheia de árvores.

Foi foda. Os braços pediram arrego. Inventamos diversas formas de se carregar um bote. Na cabeça. Pelas alças. Arrastando. Rebocando com aquele mesmo varal do começo dessa história e por aí vai.


Parece leve, né? Experimenta subir um morro com um bote desses no lombo.


Quando conseguimos terminar essa via sacra, Aprendemos mais uma maneira de carregamento: Alguns competidores (bem mais experientes, claro)esvaziaram o bote.

Depois disso, mais alguns quilometros de caminhada até chegarmos novamente às bicicletas. O Pick, na parceira extrema, viu que eu não tava me dando muito bem com a complexa POTENZA e assumiu a tarefa de guiá-la até nosso destino: A CHEGADA.

Não foi uma tarefa fácil. A nossa heroína não tinha a tecnologia suficiente para subir todos aqueles milhares de morros e, nas descidas, a coitada não tinha freios, daí era um Deus que ajude.

9 horas e vários minutos depois, completamos a prova. Um HONRADO fim, levando em consideração todas as dificuldades encontradas. Nesse tipo de situação, terminar o trajeto já VALE OURO.

Para finalizar fomos entregar a POTENZA para seu legítimo dono e buscar minha FINADA bicicleta. Na volta comento com o Pick:

- Cara, acho que vou comprar um transportador desses de bicicleta. Muito útil e não precisamos mais ficar pedindo emprestado.

- Ah, Cesinha, acho que não vale a pena...pode riscar o carro..

- Mas o custo-benefício ainda é compensador. Vale a pena ter.


Derrepente, não mais que derrepente: POWWWWWWWWWWW

Estoura o vidro traseiro do carro. Foi o transportador de bicicleta. Há 10 metros do asfalto, onde aquela tremedeira da estrada de cascalho estava por terminar.

NADA É TÃO RUIM QUE NÃO POSSA PIORAR.

Ano que vem tem mais. Essa foi nossa terceira corrida e espero que tenha muito mais.

UPDATE: O Pick também escreveu sua versão da corrida. É só clicar aqui e ler.

O CAMPEÃO IMORAL

Não tem o que falar.

Semanas atrás fiz um desabafo sobre a incompetência do Inter para ganhar do Paraná e se aproximar do $$$Corinthians$$$. Até me arrependi, pois o time tá dando uma demonstração de superação e vem buscando o resultado. Porém, como se não bastasse aquela força AMIGA que o Zveiter e o Teixeirinha deram no CANETAÇO, brindando os paulistas com 4 pontos, agora o Márcio Rezende vem e estraga com um trabalho de anos: o de transformar o INTER em um clube grande NOVAMENTE.

Chances ainda existem e não tá morto quem peleia, mas vou continuar com minha estratégia de SÂO TOMÉ, pois em todas as vezes nessa minha VIDA COLORADA que tive certeza de algo, morri na praia.

Quem sabe, na última rodada, aqui mesmo em Curitiba, contra os Coxa-brancas, eu não seja um dos poucos colorados com menos de 30 anos a testemunhar pessoalmente aquela camisa vermelha ganahando mais uma estrelinha?

De qualquer forma, fica o registro: Mesmo no futebol, demonstrações de sem-vergonhice como as que aconteceram nesse campeonato, com favorecimentos EXPLÍCITOS ao $$$Corinthians$$$, demonstram que falta muito para o Brasil, um dia, vir a ser um País sério. Por enquanto isso aqui é um CIRCO. E continuará sendo por muito tempo. Esse raciocínio até extrapola o assunto, entra na Política, saúde, dignidade. Vou até parar por aqui. Um circo mesmo.

Eu e você somos os palhaços.

sábado, novembro 12, 2005

HISTÓRIA DE AMOR

Jorge disse que foi a mais linda história de amor que lhe contaram. Depois ele me contou também. Contou sim. Foi sobre o amor de um princípe por uma princesa num lugar distante.

Ah, o AMOR.

TEMA

Não sei escrever. Eu sei disso. Mas nada impede que eu fique apertando esse teclado e depois veja o que acontece. Não custa nada. O que sou agora não está ligado com o que faço agora. Então nada me impede. É, nada. Tudo é muito corrido, muito poluído. Mas eu sou um só. Se não parar, não serei NENHUM!

Que dia longo para um tempo curto. São tantas marcas. Fazem parte do que sou agora e não há mais o que se possa fazer, a não ser: APRENDER.

OBRIGADO

Escrevendo eu ponho esse DIA pra fora. Desde que o mundo é mundo é assim. De dia o sol arde lá fora. Nada acontece em mim, mas esse DIA tem que ir embora. Agora é noite e é só alegria.

DEVANEIO

Todos somos capazaes de muitas coisas que acabamos por não fazer. Existe um motivo que justifique isso tudo? Ou a justificativa é justamente o fato de que não há motivos para nada. O mundo é um relógio. Histórias se iniciam e terminam. Todo o dia. Toda hora. A cada segundo. Não existe o especial. Todas as páginas são iguais. No máximo podem representar algo para quem a escreveu. Mais ninguém.

DESCANSO

...

VAI QUE É TUA

Vai.

A vida é essa mesmo. Tem que enfrentar. O negócio é levar NA MORAL. Mas tá só começando. O que pode acontecer? Tudo isso é bobagem. Já é tarde. Fique esperto, fique à frente do ego. Tá só começando. Mas a pelota tá rolando e não dá pra ficar no banco assistindo. A barca afundou? Paciência. Vai à nado.

Vai.

Nada é tão ruim assim. Sempre pode piorar. Então é melhor relaxar. Tá só começando. É sim, quinze minutos do primeiro tempo. Nada decidido. Tem quem quer se engrandecer de uma tal maneira que passa a desprezar quem tá do lado. Tem, eu sei. Não dá nada.

Vai. Vai dar certo. Sempre dá.

quinta-feira, novembro 03, 2005

ALEGRIA DE POBRE

Vinte e seis anos esperando para saber que gosto tem esse tal de Título de Campeão Brasileiro. Esse ano parecia que dava. Melhor time dos últimos 20 anos. Melhor técnico desde o SAUDOSO Ênio Andrade. Tudo fluindo.

Mas NÃO DEU.

Agora é me conformar com uma humilde vaga na Libertadores. Torcer para não fazer fiasco e, quem sabe, tentar uma beliscada nesse torneio genérico que é a Sul-Americana.

Não vi o jogo de hoje contra o Paraná. Quando cheguei em casa a fatura já estava liquidada. 3 x 1. Esse é o CARMA do Inter: AMARELAR NA RETA FINAL.

Foi assim em 2003 quando a vaga para Libertadores parecia garantida, foi assim em 1997, foi assim na Copa União de 1988 e 1987 e, ao que parece, VAI SER ASSIM PARA SEMPRE.

Pelo visto nós, Colorados Sofredores, teremos que nos contentar com uma Copa do Brasil POR ACIDENTE e, num futuro nem tão distante, entreter nossos netos com histórias inacreditáveis de um time INVENCÍVEL que na década de 70 foi TRI. Ressaltando, lógicamente, que não fomos testemunha ocular desses feitos heróicos, mas que o bisavô deles (nossos pais) acompanharam e nos garantiram que aquilio sim era time. Do ARQUEIRO, passando pelos BEQUES e finalizando com uma MEIA-CANCHA magistral com PONTEIROS servindo os atacantes de forma triunfal.

Se eles perguntarem o que é BEQUE, o que é ARQUEIRO, e de onde você tirou essa palavra estranha: PONTEIRO. Confesse que essas expressões também não são do seu tempo e os aconselhe a pesquisar do GOOGLE ou qualquer similar disponível na época.

Nadamos e novamente morremos na praia. É o CARMA.

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