sábado, fevereiro 26, 2005

FÉRIAS

No momento em que você está lendo esse post. devo estar bem longe. Numa praia. Volto em 3 semanas. Até lá.

sexta-feira, fevereiro 25, 2005

JORNALISMO VERDADE

Uma dúvida. O cara passa 5 anos numa faculdade de jornalismo para noticiar isto aqui? E isso então?

Pô, a Globo não têm uma ocupação mais digna pra rapaziada? Sei lá, bota os caras pra tirar xerox, pagar conta no banco, carregar uns malotes. Mas aquilo ali é DAR NA CARA DO PARAÍBA.

quinta-feira, fevereiro 24, 2005

SÓ PARA CONSTAR

R.MC´S rules.

RELEITURAS III

Tá lá deitado. Poça de sangue em volta. Um filme começa a passar pela cabeça.
Nunca foi de ir para escola. Viu a bandidagem em volta, tudo se dando bem. Ser ladrão nem é tão ruim. Acabou colando no patrão da área.
Já no primeiro assalto, apavorou. Parecia até que tinha nascido para aquilo. Foda. Ele era foda mesmo. Começou a botar banca na favela. Fez até inimigos. Pura vaidade. Concorrêncoa.
Para ser bandido mal tem que matar gente. Foi lá e descarregou o pente na cara do infeliz. Aquele ladrão de mansão.Desde então risos e vozes na sua cabeça.
Se espelhava no patrão. Sempre no patrão. Um cara que tinha um perfil para comandar qualquer empresa aí. Inteligência e atitute. Mas era pobre. E pobre só comanda quadrilha. Isso acontece muito por aquelas bandas.
Tudo o que ele queria era dinheiro e moral. Todos querem, não é?
Mas agora tá lá. Deitado. É tarde, não dá mais para voltar atrás. A vida não volta. Que piada. Quis parar mas foi até o fim.
Ele sabia. A paranóia era grande. Sentia que a sua hora ia chegar.
Se ao menos tivesse parado com o pó. Se ao menos tivesse voltado para casa. Desde que ele matou aquele cara não conseguia mais dormir. Isso fez pensar na família que deixou para trás.
Enquanto o irmão estudava e cuidava do pai, ele olhava pela janela e pensava em tudo o que o mundo podia dar. Se não desse, tirava na marra.
Muitas mágoas.
Os assaltos continuaram. O dinheiro nunca era o bastante. Daquela vez levaram um moleque, durão. Estréia na bandidagem. Mas é foda. Tomou um balaço no peito.
Que paranóia. Muita loucura. Sempre as gargalhadas, sempre as mesmas vozes.
O patrão foi preso e tão dizendo que ele que deu de guri e cagoetou a malandragem. O que? Nunca. Pois é, não cria a cobra que, mais cedo ou mais tarde, ela morde.
Vários anos em vão. Destino. Deixa acontecer então. Não há mais nada a fazer.
Um novato. Um novato pôs fim a todo esse inferno. Com a mesma pistola que um dia foi dele.
O filme acaba.

RELEITURAS II

A trilha sonora. Batida forte. Bem pegada.
O cara sai andando. Querendo reconstruir a vida. Ele acha que mudou. Quer ficar tranquilo. Muito tempo longe no cativeiro. Sonhou alto demais e pagou o preço. Um preço caro.
Agora tá lá naquele muquifo, do lado do ESGOTO. Se chover já era. O pessoal do governo passa lá. Muitas perguntas, várias estatísticas. Mas nunca voltam.
Vai vendo. Ficar rico, né? Ahã, sei. Diante dos fatos, só pelo jeito mais fácil.
Mas que tu quer? A molecada só vai pra aula para comer a merenda. Depois, entra na função. Vender droga é um grande empreendimento.
Na hora de por a cabeça no travesseiro, ele não consegue pregar o olho. Só pensando como fazer para sair dessa situação. Desempregado, ex-detento. Que currículo, heim?
O vizinho espancou a família. Tava drogado. A comunidade partiu para justiça com as próprias mãos. Arrastou o cara pela rua. Desfiguraram, arregaçaram. O Bicho pega.
A vizinhança é barra pesada.
E o cara segue andando.
A vila tá sempre na mira. Sempre tem alguém na lista dos suspeitos. Dessa vez foi ele. Precisavam de alguém para estampar a primeira página do NOTÍCIAS POPULARES. É foda.
Cachorro latindo. Tem alguém andando no terreno. Não existe lei na madrugada da favela. Vieram pra quebrar tudo, cheio de raiva no olhar. Tudos muito loucos. No primeiro momento vão sair atirando.
Ele até pensa em fugir pelos fundos. Ou até se defender. Mas agora já era. Não dá mais tempo para nada.
Barulho de tiros.
Saiu até no Jornal Nacional. Acerto de contas entre grupos rivais.

RELEITURAS

Vai vendo aquele cara ali, jogando uma bola e pá. Descontraído. Cercado de amigos, vários aliados. Não tem tempo ruim. O cara é bom. É CONSIDERADO na área. Ele é feliz, humilde, sossegado. Uma pessoa comum, como eu ou como tu.

Vai vendo aquele cara ali, já começou a reclamar. Não tem carro, não tem roupa. Não consome. Sem dinheiro, sem status. Sem status, sem mulher. E sem mulher, não era né.

Vai vendo, ele mudou e agora só anda no veneno. Com um monte de desconhecidos. Várias pilantras em volta. O dinheiro começou a aparecer. Que relógio caro. Veneno total. Diz que ele matou um cara a sangue frio. Colega de pelada. Na frente da mãe e do filho. Não tem pra ninguém. Dever para ele é dever para o CAPETA.

Tá vendo o movimento ali na praça? Um monte de gente em volta. Alguém passa e sentencia, mais. Hoje tá na caça, amanhã é a presa. Estirado no chão, com um buraco na cabeça.

A PROFECIA

Antigo e moderno, nada mais incomoda. Violento, abalando o sistema. Ele é um terrorista, a FÚRIA. Ele promete:
- Quem traiu vai pagar, quem conspirou vai pagar, quem se acovardou vai pagar. Porque assim está escrito e ASSIM SERÁ.
De touca, no calor de fevereiro. Na espreita, de tocaia. Não vacila. Aqui não tem dublê. É na raça. Em cada esquina um perigo, uma surpresa.
Aí já era.

terça-feira, fevereiro 22, 2005

BIG INTELECTO

Professor Universitário, intelectual brasileiro,após confirmação de mais uma semana de VIDA:

- Brigado meu povo, Brigado Brasil, Brigadooooo!!


Tamo FODIDO messsmo.

TRANSANDO UMA LEITURA

E foi então que o FELIZ ANO VELHO veio parar na minha mão. Ouvia falar desse livro desde criança, mas nunca tive a oportunidade de ficar CARA-A-CARA com ele. Leitura, boa, agradável. Faz pensar em algumas coisas simples mas que, se perdemos, fazem muita falta. Apesar de tratar da relação do autor com SUA TRAGÉDIA PESSOAL, a história é conduzida com bastante bom humor.


Uma coisa legal e ficar reparando no VOCABULÁRIO JOVIAL da época (1979/1980). Várias gírias TRANSADAS.


Mas nem sei porque eu tô te explicando essas coisas. Quase todo mundo que eu conheço já leu esse livro, PROVAVELMENTE tu também.Então parei.


segunda-feira, fevereiro 21, 2005

AS VOLTAS QUE O MUNDO DÁ

"ACM assumirá terça a presidência da Comissão de Constituição e Justiça do Senado".

Não falo mais nada.

domingo, fevereiro 20, 2005

CAPS CAPS CAPS

Resolução 01/05 REVOGADA. Não adianta. O CAPS vicia.

quinta-feira, fevereiro 17, 2005

MATA DENSA

Agora, lendo o post abaixo com mais calma, lembrei de um fato que marcou. Antes de começar meu relato, é bom que fique bem claro que, na época, eu tava SOLTO NA VALA, numa grotesca alusão ao nome desse ESPAÇO.
Há uns 2 anos e meio fui dar uma banda com a galera da faculdade. Era uma sexta-feira e, não me pergunte como, fomos parar no finado SWINGERS*, mais conhecido nos círculos masculinos pela alcunha de DESMANCHE.
Numa breve e PANORÂMICA introdução, o esquema do desmanche era o seguinte: Tigres e tigresas se degladiando numa pista de dança ao som dos hits de Ivete, Jota, Lambada e afins, com garçons, fantasiados de todo o tipo de GROSSITUDES que se possa imaginar, REBOLANDO em cima dos balcões do bar.
No setor PERIFÉRICO da pista, um enorme corredor onde as coisas realmente aconteciam, pois, no intervalo entre uns passinhos coreografados da DANÇA DO MORTO MUITO LOUCO e a bebericagem de seus keep coolers e bebidas de nomes exóticos, a MULHERAGEM seguia em marcha na busca por uma boca para beijar. Tudo isso envolvido por muito suor (que lugarzinho quente).
RESUMINDO: Se tu não pega nem gripe em dia de chuva, ESSE É O DESTINO CERTO.
Feita as considerações preliminares, segue a história.
Durante a maratona pelo CORREDOR DO AMOR, avisto uma pretendente. Em primeira análise uma gata. Morena, cabelo liso, olhos claros, corpo em forma. Tudo no lugar.
Opa, ME DEI BEM, penso eu, cá com meus botões.
Parto para o CONFRONTO VERBAL, disposto a utilizar-me de todos os papos furados e táticas da pegação que dispunha para atingir o objetivo LINGUAL. Primeira barreira: a moçoila era MADE IN USA. Arranhava um português bem forçado e eu, da mesma forma, só enganando com meu THE BOOK IS ON THE TABLE.
Mas tu sabe que o amor NÃO TEM FRONTEIRAS e, com certo esforço e muito embromation, o diálogo foi travado.
Até então, concentrado na conversão de meu CHALÁLÁ do tupiniquim para o inglês, não havia percebido nada de estranho. Ainda por cima a GRINGOLINA era gente boa, bióloga, trabalhava numa ONG. A conversa tava realmente boa.
Tempos mais tarde, quando sinto que tava NA HORA DO BOTE, parto para a persuasão. Mirando minha boca na dela, avisto aquela cena, HORRÍVEL, TRAUMATIZANTE e, sim, não tenha dúvidas, BROXANTE.
Aquele TUFO CAPILAR brotando por debaixo de seus braços.
Com meus sentidos já alterados pelo ELEVADO TEOR DE CEVADA na corrente sanguínea, me deu um embrulho no êstomago. Por um segundo a mais de descuido poderia ter me ENVOLVIDO naquelas axilas cabeludas. E isso seria FIM DE CARREIRA. Sério, não é sacanagem, mulher para mim tem que ser bem cuidadinha, lisinha, aquela pele aveludada e BEM HIDRATADA DE MONANGE. Isso não é preconceito não, pare para pensar, estamos falando do SER mais perfeito que existe: A MULHER.
Depois desse episódio, o DESMANCHE virou passado em minha vida. NUNCA MAIS. Mas aquela cena grotesca até hoje aparece nos meus piores pesadelos. Cabelo embaixo do braço simplesmente NÃO DÁ. Tenha dó, TUDO MENOS SOVACO CABELUDO.

ÔMEGA AUSTRALIANO, EU TAMBÉM QUERO

Para quem não botou muita fé no meu texto abaixo sobre a eleição do Cavalcanti para presidência da Cãmara. Aí vai um arttigo publicado no Estado de São Paulo (grifos meus):
"Eleito, Cavalcanti reafirmou um de seus compromissos, o de lutar pela equivalência salarial dos congressistas com os ministros do STF, o que elevaria os salários dos primeiros de R$ 12.847 para R$ 21.500. Como recebem 15 salários por ano (sem contar mais dois por eventuais convocações extraordinárias), se vier esse absurdo o gasto adicional por ano e por deputado seria próximo do valor de um Ômega australiano, levando em conta essa referência comum em Brasília. Pode-se temer também que a equivalência com os ministros do STF ou mesmo do STJ alcance os meios de transporte. Aí, seria literalmente um Omega australiano para cada deputado." Roberto Macedo, hoje no Estadão
Enquanto isso, sigo no meu COLETIVO, rumo ao trabalho toda manhã. Sendo, inclusive, obrigado a presenciar cenas como a de hoje:
- Uma mulher de mal com a gilette, com o - palavra feia essa, heim? - sovaco CABELUDO.
É...quem mandou estudar.

quarta-feira, fevereiro 16, 2005

DOSSIÊS FRAUDE

Então é para isso que serve o Track Back? Interessante.

Seguem, em ordem de preferência (a minha, é claro) alguns dos textos mais INSPIRADOS do Embaixador Gonzo na Blogosfera (?!?!), Cardoso:

1) DOSSIÊ FRAUDE SOBRE AS DROGAS ESQUISITÍSSIMAS

2)
DOSSIÊ FRAUDE PARA O SUICÍDIO NOS ANOS 2000

3) DOSSIÊ FRAUDE SOBRE AS MULHERES DAS QUAIS DEVEMOS MANTER DISTÃNCIA

Clica no título e vai que eu recomendo.

ELE SUBIU O MORRO SEM GRAVATA

E não é que o careca petista não foi páreo na disputa pela presidência da Câmara dos Deputados? Tomou um corou de um Pernanbucano do PP, cuja as principais propostas em sua campanha, foram:

- Aumento salarial;
- Melhores condições de moradias;

A Sua Excelência já deixou claro que não vai descansar enquanto não cumprir com o prometido. Opa, então esse dos meus. Fazia tempo que eu não via um político tão embuído dessa nobre missão.

Epa, pera lá, muita calma nessas horas. O aumento salarial é para os PRÓPRIOS DEPUTADOS. A melhora nas condições de moradia é a REFORMA DOS APARTAMENTOS FUNCIONAIS que os mesmos moram.

Ah, tá. Agora entendi. Então tá tudo normal. Pelo menos aqui nós temos o melhor carnaval do mundo. Ufa, ainda bem.

CHUTEIRA VELHA

Pode parecer besteira, mas essa chuteira merece uma homenagem. Por mais singela que seja. Eu mesmo, em outras circunstâncias, não perderia meu tempo para ler um post sobre uma chuteira velha. Foda-se. Foram mais de 10 anos me aompanhando.
Quem comprou a Adidas foi o Paulinho (Gago)logo depois da Copa de 1994. Naquela época, tudo guri novo, o sentido da palavra propriedade não existia entre a galera lá da minha rua, em Porto Alegre. Tudo que um comprava acabava sendo compartilhado por todos. Assim, da mesma forma que muitos de meus pertences tiveram destino incerto e não sabido no usufruto de alguém da gurizada, essa chuteira, acabou vindo para Curitiba comigo.
Antes mesmo ela já tinha se consolidado na minha posse. Já se vão sete anos de, campeonatos, peladas, gol a gol e tudo que tem a ver com bola e chute.
Ela já tava bem velhinha, coitada. Com um furo enorme no solado. Furo esse que me causou uma séria lesão na sola do pé. Hoje foi o fim. O jogo nem tinha começado e ela pediu as contas. Peguei um tênis emprestado. Mas eu sou meio supersticioso. Quando eu jogo bem, não sou eu, É A CHUTEIRA. Se eu jogo mal, é alguma coisa que não está certa. Dessa vez não joguei bem, nem mal. MAS ELA FEZ FALTA.

terça-feira, fevereiro 15, 2005

TERCEIRA IDADE

Um telefonema me convovou para uma pelada no dia de hoje. Aceitei. Estou conseguindo manter um bom ritmo de jogo nesse ano. Pelo menos um jogo por semana. No caso em questão, o jogo era com um pessoal da faculdade. Tranquilo, faz um ano e pouco que eu me formei, mas mesmo assim, é sempre bom rever os velhos conhecidos.
Desde que cheguei em Curitiba, minha vida acadêmica foi uma constante mutação, passei por mais de 15 turmas diferentes. Esse fato, aliado ao meu apreço pelo esporte bretão, permitiu que eu formasse uma grande rede de amigos e conhecidos. Assim, quando rolava um futebol, geralmente alguém me chamava.
Como, já falei, achei uma boa oportunidade para encontrar uns camaradas. Ocorre que, para minha surpresa, a existência da grande maioria dos futebolistas da noite de hoje era totalmente ignorada pela minha pessoa.
Foi então que comecei a juntar o quebra-cabeça:
- Não corro mais como antigamente;
- Me machuco em quase todas as partidas;
- O volume de moleculas de lipídios se acumula e maneira cada vez mais implacável na região do abdome;
- Minha voz continua a mesma, mas meus cabelos...;
- Não conheço mais ninguém daquela faculdade.
Logo, ESTOU FICANDO VELHO. E ainda por cima minha chuteira estourou.

domingo, fevereiro 13, 2005

A VIDA...

É bela...

quinta-feira, fevereiro 10, 2005

IMPRESSÕES DO CARNAVAL QUE SE FOI

As impressões são sempre as mesmas. A única coisa boa mesmo é o feriado gigante. De resto, a mesma ladainha de sempre:

- Praias lotadas de tigres;
- Programação televisiva totalmente voltada aos delírios do Rei Momo;
- Poeira e afins de Ivete;]
- Axés genéricos;
- Aquele discurso de que o brasileiro é o povo mais alegre do planeta;
- e por aí vai...

Não falo mais a respeito. Ou falo.

RESOLUÇÃO 01/05

Artigo Primeiro - Fica decretada a suspensão do CAPS LOCK por tempo indeterminado.
§ Único - Em circunstâncias de excessão, o recurso poderá ser utilizado moderadamente.
Artigo Segundo - Essa Resolução entra em vigor na data de sua publicação, produzindo efeitos imediatamente.


Curitiba, 10 de fevereiro de 2005
_______________________________
Diretoria NA VALA

sexta-feira, fevereiro 04, 2005

NA BUSCA DA HARMONIA PERFEITA

Surf e namorada. Duas paixões. Duas realidades DIFICÍLMENTE conciliáveis.
Fred publicou um texto na MAIS VENDIDA que, com certeza, é a sina da maioria das pessoas que curtem pegar onda e curtem o sexo frágil. Lá pelas tantas, ele fala que chega a ser egoísmo da parte das mulheres querer cercear a NECESSIDADE do namorado em querer surfar.
Digo necessidade, porque REALMENTE É UMA NECESSIDADE, ainda mais para quem mora numa cidade sem praia como eu. Sem querer ser piegas, ou utilizar-me daquele vocabulário lugar-comum de revista de surf (argh), é quando se está na água, SURFANDO, que a vida parece fazer sentido. É nessas horas que se para e pensa:
- Trabalho pra caralho, mas se for para surfar, REALMENTE VALE A PENA.
Veja bem, se a vida (e a natureza) não me deram a oportunidade de viver do surf, o meu trabalho me dá a chance de viver PARA o surf. No sentido de que, hoje e a cada dia que passa, venho conquistando uma maior autonomia financeira para viajar e surfar. Claro que o orçamento é limitado, mas só o fato de se estar em algum pico de boas ondas e uma natureza linda, mesmo perto de casa, já faz com que eu me sinta a pessoa mais realizada do mundo.
As namoradas deveriam entender mais isso, na hora em que nos cobram outros tipos de programas que não seja a SAGRADA descida para praia do fim de semana ou ainda, quando ficam brabas por termos ficado 5 horas dentro do mar.
Por outro lado, até entendo que quem surfa também é muito EGOÍSTA, pois dentro da água, COM CERTEZA, a mulher amada acaba ficando em segundo plano. As vezes esqueço que está chovendo ou ventando e que tem alguém com frio me esperando do lado de fora.
Foi pensando nesses PRÓS e CONTRAS que esse ano terei umas férias híbridas. 10 dias na ILHA DO MEL surfando (sózinho). Provavelmente ALTAS ONDAS. E 10 dias em LUA DE MEL, amando (a dois). Provavelmente em algum lugar SEM ONDAS da Bahia.

quinta-feira, fevereiro 03, 2005

MUDANDO DE ASSUNTO

SURFÍSTICAMENTE falando, tomara que o feriado BOMBE.

NADA É TÃO RUIM QUE NÃO POSSA PIORAR

Tem certas coisas que não mudam nunca nesse SALVELINDO país. Tava lendo hoje que os COMPANHEIROS estão dispostos a negociar a MP 232 em troca de apoio na eleição do deputado Luiz Eduardo Greenhalgh (PT) para presidência da Câmara.

Para quem NÃO TÁ LIGADO, no APAGAR DAS LUZES DE 2004, o governo editou essa medida provisória arregaçando com o bolso do contribuinte, OU SEJA, com o MEU e com o TEU bolso, rapá.
Claro, como não poderia deixar de ser, antes de bater, eles deram uma alisadinha, reajustando, LIGEIRÍSSIMAMENTE, a tabela do imposto de renda da pessoa física.
Em contrapartida, meu caro, AUMENTARAM a base de cálculo do lucro presumido de 32% para 40%, anulando o efeito do referido ajuste na tabela e ainda, SOBRANDO UNS TROCO. Via de regra, o PRESUMIDO é a opção das pequenas empresas, assim, quem paga a conta desse MORDE/ASSOPRA é o VASSALO.
Como se não bastasse, aumentaram o campo de incidência das atividades que devem RETER contribuições na fonte. TRADUZINDO, vai sobrar menos PLATAS PRO PARAÍBA, pois essa grana nem vai chegar até suas mãos.
Pois bem, no final de tudo, o LULA vai fazer CORTESIA com o chapéu dos outros. Melhor dizendo, COM O BOLSO DOS OUTROS. Assim, aumenta-se impostos, mantêm-se a base do governo forte e, DE LAMBUJA, faz uma moral com a oposição.
E tu aí, perdendo tempo lendo um BLOG.

terça-feira, fevereiro 01, 2005

EGOTRIPS - TIME DO TONI

A História, abaixo, foi publicada em meados de 2003 no FINADO demooonio.com. Se fosse hoje escreveria de uma forma diferente, mas vai da forma original mesmo:

E foi então que uma onda nostálgica me abateu, remetendo os pensamentos para UM DOMINGO QUALQUER de 2001, época em que concentrávamos esforços para a criação de um Zine chamado 16 TONELADOS que nunca saiu do papel.


Naquele FATÍDICO fim de tarde, voltávamos de um ATAQUE COORDENADO ao front Cajatiense (interior de SP) eu, DJ Paulete da Luz (ZPS), seu irmão Diogo da Luz, Brotto - e o japa mineiro, Douglas Shangai.

Estávamos à bordo do GRANDE TONI, uma Escorteira 84 de propriedade dos irmãos DA LUZ, que apesar da avançada idade, nunca havia nos deixado na mão. Toni já dava sinais de cansaço há algum tempo, porém, como bom combatente que era, NÃO NEGAVA MISSÃO. E essa parecia simples, conduzir 05 cabeças da fronteira paulista até nossos lares na fria Curitiba.

Logo na saída seu motor insistia em não funcionar, porém, a IMATURIDADE de nossa juventude não deixou com que nos abatessemos e, depois de muitas empurradas ladeira abaixo, fizemos Toni dar sinal de vida rumo à temida rodovia que nos ligava à nosso destino. A Alegria foi geral...mas não imaginávamos o que estaria por vir...

Quilômetros mais tarde, já envolvido pelo BREU da noite na RÉGIS BITTENCOURT, o farol do escort, começou gradativamente a diminuir sua capacidade iluminativa até certo ponto em que não havia mais condições visuais. Paulete, que estava na condução, prevendo o pior, sugere um PIT STOP em alguma auto-elétrica. Todos concordamos. Mas já era tarde, como se não bastasse a AGONIA da escuridão, o CORAÇÃO de TONi para e com isso a sua velocidade, involuntáriamente, vai diminuindo.

110km/h, 85km/h, 70km/h, 50km/h, 30km/h, 5km/h, 0....

Douglas, engenheiro que era, após uma breve vistoria no motor, decreta seu LAUDO TÉCNICO-PERICIAL:

- FODEU.

No meio da BR, por entre ônibus e caminhões, começamos a empurrar o DE CUJUS, pelo estreito acostamento, à procura de um posto, ou qualquer coisa que o valha. Os ânimos do pessoal, acirrados, alternavam momentos de discussão com palavras de motivação. A cada metro percorrido a escorteira ficava mais pesada e o DESLOCAMENTO DE AR produzido pelas carretas que passavam centímetros ao nosso lado, quase nos lançava ao brejo que cercava a rodovia.

CLIMA TENSO.

Num dado momento, encontramos uma CLAREIRA e resolvemos que aquele seria o local ideal para a DESOVA do Toni. Não dava mais para empurrar. Fomos vencidos. Decidimos por abandonar nossa FIEL PARCERIA, presente em tantas falcatruas e que nunca havia deixado um companheiro para trás. Não, Toni não merecia esse FIM COVARDE.

Após longa DELIBERAÇÃO, eu e Brotto fomos destacados para avançar A PÉ, num autêntico RECONHECIMENTO DE EIXO atrás de ajuda. E foi o que fizemos. Para nosso sorte, alguns quilômetros adiante encontramos um ESSO salvador e nele uma dupla de caminhoneiros que se prontificou a ajudar no RESGATE DA ESCORTEIRA TONI. Entretanto, o local da desova não era de fácil acesso, não havendo como chegar lá com o caminhão. Ficou combinado que empurraríamos novamente o COMBALIDO COMPANHEIRO ao posto onde já estaria uma equipe de prontidão para os procedimentos de primeiros socorros.

Voltamos e empurramos o escort até o posto. À essa altura dos acontecimentos, já passavamos da Zero Hora de segunda-feira e a viagem que, em princípio duraria apenas 2 horas, já entrava na SEXTA.

No posto, iniciamos a CHUPETA do caminhão para o TonI e, MILAGRE, o seu pulso reage. As ROTAÇÕES POR MINUTO já começam a ser ouvidas por todos que por ali transitavam. Injeção de ânimo na rapaziada. Emoção semelhante só fui sentir novamente quando o FENÔMENO invadiu a área alemã para fazer o seu segundo gol na partida que trouxe o quinto caneco para o Brasil. E, DE FATO, comemoramos como se fosse um gol em final de campeonato!

A dupla CARGA PESADA foi camarada ao extremo, ficamos comovidos com a presteza! NOTA 10 PROS 2!

Voltamos para BR ESMIRILHANDO a escorteira, Shangai, que havia assumido a boléia, recitava até versos de sua língua-mãe, Diogo declamava todos os HITS do MC Serginho e da Tati Quebra-Barraco e Paulete de tão emocionado começou a FLATULAR, o que fez a galera voltar à realidade!

Quando pensávamos que nada mais poderia nos abalar e que o Velho Toni completaria sua última missão com o êxito reservado apenas aos PREDESTINADOS, seu motor começa a dar sinal de fraqueza novamente e resolve parar justo sobre uma ponte. Se antes ônibus e caminhões já demonstravam ser terríveis inimigos, agora, acima daquele pequeno bloco de concreto sobre um riacho eles se mostravam MAIS HOSTIS DO QUE NUNCA, com direito a buzinaços e luz alta.

Mas NÃO TÁ MORTO QUEM PELEIA, já dizia o gaudério. Dessa vez paramos bastante próximo de um buteco que, por sorte era do cunhado do JOÃO DA AUTO-ELÉTRICA, que não se fez de rogado e foi ao nosso encontro. Dessa vez fez o serviço completo e até descobriu qual o mal que atingia o MORIBUNDO escort:

- Pois olha, moçada, o problema tá no ALTERNADOR da bateria, vai custar 40 real. É a única chance de vocês conseguirem chegar até Curitiba. Depois disso, se fosse eu, nunca mais colocava essa LATA numa BR.

A mulher gorda do Eletricista que o acompanhava limitava-se a concordar com um gesto de cabeça.

Pagamos e depois disso chegamos SÃO e SALVOS na capital ecológica. Na sequência TONI recebeu o merecido descanso e hoje goza de sua aposentadoria na casa do pai de Paulete e Diogo (em Cajati), limitando-se à eventuais idas ao centro da cidade.

Um Celta vermelho substituiu o GUERREIRO na dura batalha da vida, mas nunca mais com o mesmo romantismo daqueles áureos tempos e esse episódio é apenas mais uma das variadas HISTÓRIAS que volta-e-meia nos pegamos contando para um ou outro INCRÉDULO que se presta a dar atenção.

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