quarta-feira, setembro 28, 2005

ULULANTE

Foi então que me deu muita vontade de usar essa palavra aí em cima no meio de alguma frase. Sabe como é, né? Algo bem natural, um ULULANTE como se nada tivesse acontecido.

Mas primeiro eu tinha que me lembrar o que ULULANTE significava. Imagina só se eu a emprego mal. O que meus colegas bacharelados pensariam de mim?

- Esse IGNORANTE é um ANALFABETO. Exclamaria alguém mais exaltado, ofendido com o atentato à língua portuguesa.

Não. Não poderia correr esse risco. O que eu diria lá em casa?

Resolvi pesquisar. Digitei um ULULANTE no Google e, de prima, me aparece ÓBVIO ULULANTE. Foi então que lembrei de uma professora que, na faculdade, se esforçava em empregar essa palavra em quase todas as suas explicações.

Eu adorava aquilo. A Aula sem o ULULANTE não tinha o mesmo sabor. Era um céu sem estrelas, um rio sem peixe. Não tinha graça.

Foi nesse momento que virei fã do ULULANTE. Essa palavra era música para meus ouvidos. Em certo momento, virou uma fixação.

Depois de um tempo, deixei o ULULANTE de lado. Abandonei. O substitui por outras palavras. Passei por vários ciclos, desde termos mais leves como a modesta palavra PONDERAÇÃO até fases mais pesadas em que necessitava do emprego do MUTATIS MUTANTIS que até hoje nunca lembro direito o que é. Duros tempos.

O fato é que hoje lembrei do ULULANTE e senti uma forte NECESSIDADE de utilizá-lo. Mas depois passou.

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