Na vala

Um ano já que isso aqui existe. À toda equipe NA VALA, desde o porteiro da sede, passando pela equipe de redação, adminstrativo e tudo mais, meus parabéns.

Puts. Parece que começou um BBB novamente.

01:12 - A festa parece estar legal. Tô vendo umas gatas ali naquele canto. Vou ver alguma coisa para beber.

01:53 - Puts, muito homem por aqui e pra falar a verdade nem tem tanta gata. Acho melhor pegar outra ceva.

02:15 - Puts, o papinho daquela guria sobre as festinha de faculdade poluiu meus ouvidos.

02:44 - Acho que tô bebendo demais.

03:13 - Rapaz, aquela gordinha até que é ajeitada. Dá prum caldo.

03:18 - A gordinha continua olhando. Do jeito que está essa festa, vai ser ali mesmo. Vou pegar outra ceva pra dar uma ponderada.

03:38 - Bah, esse som é legal. Anos 80. Fazia tempo que eu não ouvia. Até me pilhou vou ver qualé daquela gordinha.

03:41 - Tá ali a gordinha, dançando.

03:42 - Não gordinha, pode dançar, mas por favor, não imita um robô. Tudo menos um robô.

03:44 - Ah não, emendar o passo do robô com o step on the moon do Michael Jacson é de mais, assim é dar na cara do paraíba.

03:55 - Vou para casa. Quem sabe ainda consigo pegar o finalzinho da Sessão Coruja.

Esse post abaixo me fez lembrar dessa charge do LUNÁTICO do Allan Sieber. Clica aí no desenho que vai dar para visualizar melhor.

Eu tava ali, lendo o que a Guria das Teorias anda pensando ultimamente quando percebi a sua decepção com o fato de que, um dia, achou que a sua profissão tinha a função de transformar o mundo. Isso me fez lembrar que já achei o mesmo sobre a MINHA profissão. Eu também fui um IDEALISTA.

Mas depois passou.

Uma vez, aqui mesmo nesse lugar, descobri que não sou muito bom em explicar os livros que li ou estou lendo. Muitas vezes são livros que eu acho muito bom e que tenho muita vontade que outras pessoas leiam. Tento fazer uma pequena resenha mas a missão sempre CHAFURDA.

Acontece que de tanto ouvir falar no "O apanhador no campo de centeio" , num impulso de consumo, acabei adquirindo a OBRA. Comecei a ler e estou na metade.

A curiosidade fundava-se em toda a mística que envolve o livro. O assasino do John Lennon pediu para ele autografar o livro, teve outro psicopata americano aí, que tinha dezenas de exemplares em sua casa e por aí vai. Pensei com meus botões:

- O que tem de tão louco nessa história?

Então tô comprovando pelo método empírico. Mas até agora não vi nada de mais. Nenhum insight sobre a decadência da humanidade. Nenhum ponto de reflexão. NADA.

É simplesmente a história de um adolescente meio perdidão no mundo. Meio desequilibrado. Mas me diga:

- Que adolescente não é INSTÁVEL?

Ou seja, pelo menos até onde li, não vi nada que pudesse despertar a fúria assasina em alguém, nem que fizesse desse livro um marco na literatura mundial.

Em verdade, o que achei legal é a narrativa coloquial. Sou fã do COLOQUIAL. Deve ser bem mais interessante ler no inglês (versão original). Mas nessa lingua sou analfabeto. Então tenho que me contentar com o TUPI GUARANI.

Vamos ver. De repente, do meio para o fim, minha opinião mude. Se isso acontecer e eu não assasinar nenhum Astro de Rock e nem virar um Serial Killer, publico um post EXTRAORDINÁRIO sobre esse assunto novamente.

Dois mil e seis é isso então?